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Bolsonaro barra relatório que proíbe uso de cloroquina contra covid

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(Imagem: Socialismo Criativo)

Com a CPI da Pandemia do Senado próxima ao fim e prestes a pedir seu indiciamento, Jair Bolsonaro (sem partido) ainda trava sua batalha para defender o chamado tratamento precoce à base de cloroquina, que já foi provado cientificamente ser ineficaz contra a Covid-19.



Segundo informações do jornalista Cézar Feitosa no Twitter, na véspera da reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que se reúne nesta quinta-feira (7), Bolsonaro teria se irritado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e mandado tirar da pauta um parecer do grupo de trabalho contrário ao “kit Covid”.


O relatório comprova a ineficácia dos medicamentos propagados pelo presidente. Caso seja aprovado pelo Comitê, o kit Covid e o uso de medicamentos como cloroquina e ivermectina fica proibido pelo Ministério da Saúde, contrariando a indicação de Bolsonaro.

Bolsonaro teria se irritado com Queiroga e já avisou que não quer o governo desaconselhe o tratamento precoce, que seria mais um recuo diante de seu eleitorado mais radical, após baixar o tom nas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).


Sob pressão do Planalto, o então ministro Eduardo Pazuello liberou, em maio de 2020, o uso de cloroquina para todos estágios da Covid.


Em maio deste ano, a Conitec emitiu parecer contraindicando essas drogas contra a Covid-19 para pacientes hospitalizados.


Também há a sugestão de não administrar ivermectina, budesonida, colchicina e nitazoxanida em pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19, por falta de evidência científica.


O parecer que seria votado na reunião do Conitec desta quinta determina que o uso da cloroquina deve ser mantido apenas para pacientes com doenças reumatológicas ou malária, para as quais a droga é indicada. As exceções quanto à azitromicina é caso haja infecção bacteriana e para anticoagulantes, em doses profiláticas, intermediárias ou terapêuticas ou estudos clínicos.


“Azitromicina e hidroxicloroquina não mostraram benefício clínico e, portanto, não devem ser utilizados no tratamento ambulatorial de pacientes com suspeita ou diagnóstico de covid-19″, diz o relatório.

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