O governo da República Popular da China restringirá, a partir de 1° de setembro, o tempo que os menores de idade destinam aos jogos online, uma verdadeira febre no gigante asiático, assim como em quase todos os países do mundo. Será permitida apenas 1h de diversão desse tipo às sextas-feiras, aos sábados e aos domingos, totalizando 3h semanais.
A Administração Nacional de Imprensa e Publicações, órgão estatal responsável também pelos games na China, informou ainda que a prática de jogos eletrônicos online só será permitida entre as 20h e 21h. A agência instou as empresas a colaborarem na fiscalização para que não sejam penalizadas pelo governo. Inspeções por parte de agentes públicos, que entram nas redes onde os jogos são disputados para averiguar se os limites legais estão sendo respeitados, devem ser intensificados a partir do próximo mês.
O jornal estatal Economic Information Daily publicou uma reportagem no início de agosto mostrando como o vício em jogos eletrônicos online está afetando a vida dos chineses, sobretudo dos mais jovens. Uma fonte técnica ouvida pelo veículo classificou o fenômeno como “ópio espiritual”, em referência à devastadora e viciante droga obtida a partir da papoula.
Um mês antes, a gigante do entretenimento Tencent já havia anunciado que instalaria um sistema de reconhecimento digital para evitar que menores de idade acessem suas redes para jogar. Muitas grandes empresas do setor têm perdido valor de mercado nas bolsas de valores por conta das restrições impostas aos games por Pequim.
Criptomoedas são especulativas e sem valor
Outra medida anunciada pela China nesta segunda-feira (30) diz que bitcoin e outras criptomoedas “não são propostas legais e não têm suporte de valor real”. A avaliação foi feita pelo vice-diretor do Departamento de Proteção Financeira dos Direitos do Consumidor do Banco Popular da China (PBoC), Yin Youping.
De acordo com um relatório do jornal local People’s Daily Online, Youping disse que as criptomoedas são ativos puramente especulativos. Ele também aconselhou o público a aumentar sua consciência de risco e ficar longe do mercado de criptografia para “proteger seus bolsos”.
O funcionário do PBoC também disse em antecipação à possível recuperação do mercado de criptografia e suas operações relacionadas na China, o banco central irá monitorar as bolsas de criptomoedas no exterior e os comerciantes domésticos em colaboração com as autoridades relevantes.
A instituição também planeja reprimir o espaço, bloqueando sites de comércio de criptografia, aplicativos e canais corporativos.
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