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Conaq lança formação para meninas e professoras quilombolas

A Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) por meio do Coletivo Nacional de Educação lançou na quarta-feira (6) o projeto Escola Nacional de Formação de Meninas Quilombolas. O edital da iniciativa é direcionado aos estudantes quilombolas, especialmente meninas, professoras e professores quilombolas para participar, nos termos estabelecidos.


O propósito da ação é olhar de forma focalizada para meninas que enfrentam diversas barreiras para concluir o ensino médio e contribuir no seu processo de aprendizagem, questões essas que são ignoradas pelo currículo formal das escolas como identidade quilombola, gênero, raça e território.


A falta de discussão sobre esses temas compromete o desenvolvimento de jovens quilombolas, que crescem em ambientes de formação cercados de ideias racistas e machistas que influenciam sua forma de ser e entenderem-se enquanto quilombolas.

A educação escolar quilombola mostra que há uma grande diferença na aprendizagem quando se ensina a partir da realidade das pessoas quilombolas e dos quilombos.


O objetivo é que a Escola Nacional de Formação de Meninas Quilombolas se torne um espaço de estímulo e de luta para meninas e meninos que enfrentam defasagens e desigualdades na educação e sentem-se ainda mais longe de realizarem o sonho de entrar nas universidades. A partir dos territórios e das realidades de estudantes quilombolas, a Escola Nacional permitirá momentos de aprendizado para desenvolver o pleno potencial de meninas e meninos quilombolas, reforçando a luta e o movimento por educação quilombola de qualidade.

O que é a Escola Nacional?

A Escola Nacional é uma iniciativa do Coletivo Nacional de Educação da CONAQ, com apoio do Fundo Malala. Tem como objetivo formar meninas quilombolas para, conscientes de seus direitos, atuarem e defenderem o direito à educação quilombola de qualidade, denunciando e cobrando o Estado. A escola reunirá em uma rede nacional, estudantes, professoras/es e lideranças quilombolas de todo o país, com foco principal nas meninas quilombolas. As atividades serão desenvolvidas virtualmente e darão atenção a questões como identidade negra e quilombola, gênero, enfrentamento ao racismo e ao sexismo, modos de vida e de defesa dos territórios, entre outros. A Escola Nacional criará um espaço favorável para a construção de estratégias coletivas de enfrentamento e resistência históricas, integrando a luta que meninas e mulheres quilombolas fazem nos seus quilombos com a luta por educação quilombola.


Serão 50 vagas para estudantes quilombolas divididas da seguinte maneira: 37 vagas para meninas quilombolas, 13 vagas para meninos quilombolas. E mais 50 vagas para professoras e professores quilombolas. Quem pode se inscrever são meninas e meninos quilombolas que estejam cursando os anos finais do Ensino Fundamental II (8º ou 9º anos) e/ou 1º ou 2º ano do Ensino Médio. Também poderão participar da formação professoras e professores que atuam na educação escolar quilombola, preferencialmente encarregados de ensino nos anos finais do Ensino Fundamental II (8º ou 9º anos) e/ou no 1º ou 2º ano do Ensino Médio. É possível que professor/a e estudante formem uma dupla e se inscrevam conjuntamente para participar da Escola Nacional. Os inscritos deverão elaborar uma redação contando sua experiência como professor/a ou estudante quilombola, a escola e a comunidade.


Para acessar o formulário para inscrição individual de professor/a ou estudante quilombola clique nesse link: https://forms.gle/SyHofpGpenQ4nzNA7


Já o formulário para a inscrição conjunta da dupla de professor/a e estudante quilombola está no seguinte link:



Para maiores informações sobre o edital clique aqui



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