Por Marcelo Hailer
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a estimativa de crescimento da economia brasileira para 2021 e 2022. Segundo a agência, a estimativa para o ano que vem é de crescimento de 1,5%, redução de 0,4 ponto percentual em comparação com a projeção anterior, divulgada em julho (1,9%).
Dado faz parte do relatório Perspectiva Econômica Mundial, divulgado nesta terça-feira (12).
Para este ano, o Fundo também revisou a expectativa de crescimento: no relatório de julho o havia expectativa de crescimento de 5,3%, agora foi para 5,2%.
A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, explica que a revisão para baixo da estimativa de crescimento do Brasil baseia-se no efeito da alta esperada da taxa básica de juros, por conta da alta inflação no país.
Ainda de acordo com o relatório do FMI, a inflação deve seguir alta no país: o fundo estima uma alta de 7,7% do IPCA para este ano, contra 4,5% em sua última projeção de inflação, em abril.
Como exemplos de políticas para combater a inflação, o FMI cita as medidas adotadas no primeiro governo Lula, entre 2002 e 2005.
Por fim, a agência afirma que a taxa de desemprego brasileira deve ficar em 13,8% este e em 2022 deve ficar em 13,1%.
FMI reduz projeção de crescimento em todo o mundo
O órgão também revisou para baixo a projeção de crescimento do PIB mundial. Em julho, a estimativa para 2021 era de crescimento de 6,0%, e agora é de 5,9%. Para o ano que vem, a projeção é que a economia global cresça 4,9%.
Segundo o FMI, a revisão para baixo para 2021 reflete a redução das projeções para as economias avançadas –em parte devido a interrupções na cadeia de fornecimento– e para países em desenvolvimento de baixa renda, em grande parte devido ao agravamento da dinâmica da pandemia.
Diferenças no acesso às vacinas contra a covid-19 e de espaço fiscal para investir em políticas de estímulo econômico ampliam a discrepância de resultados no ritmo da recuperação entre países avançados e emergentes e em desenvolvimento. Na análise do FMI, a variante delta e o risco de surgimento de novas variantes aumentaram a incerteza em relação a quanto tempo o mundo levará para superar a pandemia, o que também impactou a revisão.
Na análise do FMI, a variante delta e o risco de surgimento de novas variantes aumentaram a incerteza em relação a quanto tempo o mundo levará para superar a pandemia, o que também impactou a revisão.
Com informações do Poder 360
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