Por Socialismo Criativo
Em férias permanentes desde que assumiu o mandato em 2019, Jair Bolsonaro (PL) já gastou R$ 16,5 milhões em viagens com a comitiva e a família, segundo dados de um documento sigiloso do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgados nesta sexta-feira (3) pela revista Veja.
A soma é parte dos R$ 21 milhões que foram torrados pelo presidente, a primeira-dama Michelle e o círculo mais próximo do clã presidencial.
Desde o início do mandato, há 3 anos e meio, Bolsonaro já acumula ao menos 15 mini-férias, emendando feriados ou recessos no Planalto. A maioria das viagens foram para a praia, nos litorais de Santa Catarina, São Paulo e Bahia.
Embora busque passar a imagem de homem simples, que come pão com leite condensado de café da manhã, os gastos com alimentação para a compra de alimentos para as residências de Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão (Republicanos), chegaram a R$ 2,6 milhões, uma média de R$ 96,3 mil por mês – semelhante ao gasto por Michel Temer (MDB), que consumia R$ 97 mil por mês em alimentos.
Além disso, o relatório do TCU aponta que ainda foram gastos R$ 2,59 milhões para alimentar a tropa de assessores e seguranças de Bolsonaro – Temer gastou R$ 1,3 milhão.
O preço do combustível, vilão eleitoral de Bolsonaro, também puxou os gastos com cartão corporativo, que tem R$ 420.500 nessa despesa, 170% a mais do que foi gasto pelo antecessor.
Motociatas e gastos com cartão corporativo
Já as motociatas realizadas pelo atual ocupante do Planalto em apoio próprio e que têm o nítido objetivo eleitoral, custaram praticamente R$ 5 milhões aos cofres públicos apenas em 2021, segundo levantamento realizado pela Folha de S. Paulo.
Somado a isso, o mistério do cartão corporativo usado por Bolsonaro continua.
Em novembro de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a divulgação dos gastos com o cartão corporativo. Desde então, nada aconteceu e Bolsonaro segue ignorando a decisão da Corte e batendo recordes de gastos. Resta saber com o quê.
Com Plinio Teodoro
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