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Economia criativa: é possível pagar serviços com bitcoins, mas falta adesão dos consumidores

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Um tipo de transação promissora, mas que ainda não tem adesão dos consumidores. O uso do bitcoins, a mais conhecida moeda digital, é uma opção oferecida para o pagamento de serviços, principalmente, em estabelecimentos ligados à economia criativa. Muitos, contudo, ainda esperam o primeiro cliente que vai estrear a modalidade.

As criptomoedas são um tipo de dinheiro que tem como principais diferenças serem exclusivamente digitais nem serem emitidas por nenhum governo.

O bitcoin é a moeda digital mais conhecida, mas é apenas uma das que têm surgido nos últimos anos.

Reportagem da Folha, mostra que as criptomoedas são usadas mais por entusiastas que pelos consumidores.

O tatuador Sandro Wayne Soares, dono do estúdio Wayne Tattoo e Piercing, contou ao jornal que aceita bitcoins desde 2013. Ele é um entusiasta das criptomoedas.

“Eu queria dar outra opção de pagamento, uma tecnologia nova”, conta.

Atualmente, diversas empresas oferecem a intermediação das compras com moedas digitais. Mas o tatuador começou a receber os ativos por wallet, softwares que armazenam os criptoativos, que permitem o pagamento direto. O anúncio era feito por suas redes sociais.

“Eu buscava os entusiastas desse ideal libertário”, afirma ao se referir à independência de bancos e governos que tem o bitcoin.

Agora, as transações no estúdio de tatuagem são intermediadas por uma máquina da Pundi X, empresa sediada em Singapura.

Porém, ele afirma que a partir da pandemia da covid-19, a procura por esse tipo de operação despencou. “A procura está baixíssima. Está zero”, diz Sandro.

Startups em ação

Desde o final do passado, instituições de ensino que trabalham com a fintech Educbank, recebem pagamentos de mensalidades também por bitcoins.

A fintech passa os valores das mensalidades para as escolas independente de eventuais atrasos nos pagamentos. Quando recebe a criptomoeda como pagamento, a Educbank converte imediatamente o valor em reais para evitar variações bruscas no valor das bitcoins, comumente vista nos noticiários.

“A educação sempre teve a fama de ser a última a receber as novidades por não ser uma indústria tão lucrativa. A gente quer reverter isso”, disse à Folha Lars Janér, cofundador e presidente-executivo da empresa.

O Parque Hotel Holambra, no interior paulista, no entanto, é uma das empresas que aguardam os clientes que queiram pagar os serviços com criptomoeda. A possibilidade da operação com bitcoin é oferecida há três.

“Acredito que muitas pessoas que possuem bitcoin não sabem ao certo como utilizar, ou simplesmente preferem guardar como um investimento. Diversos clientes já comentaram sobre, mas até o momento nenhum realizou um pagamento”, afirma Guilherme Coelho, diretor executivo do hotel.

Moeda ou ativo?

Para os entusiastas das criptomoedas, elas têm as características de moedas tradicionais. Porém, para a legislação brasileira, se trata de uma permuta de bens.

“Moeda é algo que seja socialmente aceito como meio de troca”, define a procuradora do Rio Grande do Sul Melissa Guimarães Castello.

Ela afirma que, para uma corrente mais legalista, moeda será apenas o que for emitido ou reconhecido por um Estado. Justamente uma das principais críticas que os entusiastas das criptomoedas fazem ao dinheiro tradicional.

Economia criativa e Autorreforma

A possibilidade de realizações de operações financeiras com moedas totalmente digitais faz parte dos mecanismos que podem influir no desenvolvimento da economia criativa.

Utiliza a inovação para possibilitar o uso de um novo mecanismo de transações financeiras.

A economia criativa é um dos pilares para um plano nacional de desenvolvimento conforme defende o PSB em seu processo de Autorreforma, que está em curso no partido e que será votada durante o Congresso Nacional da legenda, que ocorre entre os dias 28 e 30 de abril.

O conceito de economia criativa leva em conta que a “formação de capital não é mais determinada pelos meios de investimentos em capital fixo, mas predominantemente por valores gerados pela inovação e criatividade, representados por softwares, design, logística, marca e capital intelectual.”

Isso quer dizer que a economia criativa alia os diversos saberes em prol do desenvolvimento. O que torna essenciais “investimentos pesados em ciência, tecnologia e inovação, fatores essenciais da economia criativa”.

“A economia criativa não é apenas mais um ramo da economia, que reúne uma série de atividades altamente produtivas, mas, sim, uma estratégia de desenvolvimento, que pode possibilitar ao Brasil uma inserção soberana na economia globalizada e nas novas cadeias de valor do mundo moderno”, ressalta o PSB na Autorreforma.

Com informações do InfoMoney, Uol e Olhar Digital

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