Por: Mayrla Silva
Caros leitores,
Hoje, trago algumas questões provocativas para instigar a reflexão:
Por que nos vemos como instrumentos de trabalho em vez de agentes de lucro?
Será que a era da colonização realmente acabou?
E o topo da hierarquia salarial em sua empresa, é ocupado por alguém pertencente a grupos minoritários?
Essas indagações não são meros devaneios, mas convites para uma reflexão profunda.
No contexto brasileiro, a interconexão entre desenvolvimento econômico e o fenômeno do racismo ambiental clama por atenção.
Enquanto os líderes discutem estratégias para impulsionar a economia nacional, ignoram frequentemente que esse crescimento muitas vezes é obtido à custa da degradação do meio ambiente e da marginalização de comunidades racializadas.
O racismo ambiental se revela de múltiplas maneiras, desde a localização estratégica de indústrias poluentes em áreas habitadas por populações negras e indígenas até a exclusão dessas comunidades dos benefícios gerados pela economia, enquanto seus territórios são explorados. Isso inclui favelas, quilombos, tribos e outros.
Então, de que adianta debater abordagens para promover um desenvolvimento econômico e sustentável no Brasil se não enfrentarmos, simultaneamente, a pobreza, o racismo, o preconceito e a desvalorização dos conhecimentos, da intelectualidade e das potencialidades que não são hegemônicas?
Ações antirracistas na esfera econômica são urgentes e necessárias. É hora de agir!
Por hoje é só, até a próxima coluna.
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