O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da Oposição na Câmara, apresentou, nesta quarta-feira (10), a proposta de um new green deal brasileiro, o novo acordo verde, na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia.
A proposta prevê 30 ações concretas, desenvolvidas com pesquisadores do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para o “desenvolvimento justo e sustentável até 2030”.
“É um caminho para tirar o povo da fila dos ossos e garantir um futuro para o nosso país com saúde, emprego e qualidade de vida. Ninguém fica para trás”, afirma o socialista.
A expressão green news deal remete ao conjunto de medidas sugeridas por membros do Partido Democrata, nos Estados Unidos, para combater as alterações climáticas e as desigualdades socioeconômicas.
Antes de ser apresentada na COP26, a ideia foi materializada no Projeto de Lei 3961/2020, apresentado em julho do ano passado. Apesar da emergência climática, a proposta, está parada na Comissão de Meio Ambiente da Câmara, enquanto aguarda parecer do relator, deputado Zé Vitor (PL-MG).
Entre as medidas, Molon defende que que o Brasil decrete o estado de emergência climática, como já fizeram o Parlamento Europeu e nações como Canadá e Argentina.
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Entre as 30 medidas propostas pelo socialista está tornar a matriz energética mais limpa, zerar o déficit habitacional, universalizar o acesso a água tratada e serviço de esgoto e reflorestar áreas degradadas.
A meta é gerar R$ 1,3 trilhão em receitas e 9,5 milhões de empregos até 2030, financiando os investimentos – superiores a R$ 500 bilhões – com o aumento do imposto sobre heranças, a taxação das emissões de carbono e a retirada de subsídios das indústrias de agrotóxicos (R$ 16 bilhões por ano).
Com informações do Blog do Sylvio, do Congresso em Foco
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