A Coluna do Estadão, do jornal do O Estado de S. Paulo, mostrou com exclusividade uma pesquisa da Genial/Quaest que mapeou o sentimento da população em relação ao governo de Jair Bolsonaro (PL) e mostrou que “decepção” é o sentimento mais relacionado ao governo, para 36% dos entrevistados.
Vergonha e desapontamento aparecem na sequência entre os sentimentos negativos, com 30% e 19%. A pesquisa foi feita com 2 mil entrevistados em todo o País no início do fevereiro.
Entre os sentimentos positivos sobre o governo, “esperança” foi citada por 28% dos entrevistados. “Confiança” (14%) e “admiração” (13%) vieram na sequência.
“O governo Bolsonaro é sinônimo de vergonha para os eleitores de Lula, sinônimo de decepção para eleitores do Moro e do Doria, e sinônimo de otimismo e esperança para os eleitores de Bolsonaro. Sentimentos divergentes, que vão do otimismo eleitoral à frustração de quem acreditou no projeto”, disse Felipe Nunes, cientista político e diretor da Quaest.
Gestão Bolsonaro é classificada como ‘péssima’
Em novembro, a pesquisa divulgada pelo Instituto Atlas revelou que a aprovação de Bolsonaro ficou abaixo de 20%: 19% dos entrevistaram classificaram o seu governo como bom ou ótimo.
O instituto chama atenção para o fato de que há 1 ano a aprovação do presidente era 31%; em janeiro de 2019, de 39%.
Consequentemente, a reprovação ao desempenho do presidente explodiu: 60% dos entrevistados classificam a sua gestão como “ruim” ou “péssima”; 20% consideram “regular”.
Desempenho pessoal de Bolsonaro despenca
Quando os entrevistados foram instados a avaliar o desempenho pessoal do presidente, os números pioraram: 65% desaprovam; e 29% aprovam.
Ainda de acordo com o instituto, três fatores são fundamentais para entender esses números: 59% dos entrevistados acham que a corrupção está aumentando; 65,2%, acredita que a criminalidade aumentou e para 72% a economia do país está pior.
Para o diretor do Instituto Atlas, o eleitorado está “cansado do bolsonarismo”.
“Parece que há um cansaço estrutural do bolsonarismo. Antes, a popularidade de Bolsonaro caía quando ele criava uma crise ou uma surgia uma notícia ruim, mas sempre se recuperava rapidamente após a fase de maior turbulência. Agora ele parece ter perdido essa capacidade de pronta recuperação. Sugere um desgaste que veio para ficar”, analisa Roman.
Rejeitados e aprovados
O Instituto Atlas também averiguou quem são as 5 lideranças políticas com maior rejeição e aprovação.
Entre os 5 mais rejeitados, Bolsonaro lidera com 65%, seguido de Paulo Guedes (ministro da Economia) que tem 61%, Doria com 58%, Moro com 55% e Haddad 51%.
Já entre as lideranças com o maior índice de aprovação, Lula lidera com 48%, seguido de Bolsonaro, que tem 32%; Haddad, 32%; Ciro Gomes com 30%, e Moro também com 30%.
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