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Planos de saúde podem subir até 18% em aumento recorde

A partir de maio os planos de saúde devem passar por um reajuste que ficará entre 15% e 18,2% nos preços individuais. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deverá definir o valor nas próximas semanas. Se aprovado, esse será o maior aumento do setor em duas décadas.


O anúncio da ANS vem cinco dias depois de o governo ter autorizado – no dia 1° de abril – o de até 10,8% no preço dos medicamentos. Os dois reajustes devem se somar ao aumento dos combustíveis como mais um fator pressão para a inflação.



Até agora o recorde no aumento dos preços dos planos de saúde é de 13,57% em 2016. Em 2021, os planos individuais tiveram um desconto de 8,2% devido à redução da demanda para uso dos serviços médicos oferecidos em 2020.


O banco BTG Pactual estima que o aumento deve ficar em torno de 15%. Já o Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS), calcula alta de 18,2%. A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) acredita que o reajuste será de 16,3%.


Ao jornal O Globo, o superintendente executivo da Abramge, Marcos Novais, disse que os custos de material descartável e equipamentos importados têm impacto no reajuste.

“O setor registra um aumento de custos no período. Observamos um novo padrão de utilização dos serviços após a pandemia. As altas nos preços dos medicamentos, em dois anos, somam quase 24%, o que é significativo para as operadoras”, argumentou Novais.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) disse que os fatores que influenciam o reajuste recorde é influenciado por diversos fatores.


Tais como o aumento do preço dos medicamentos e insumos médicos, o crescimento da utilização de recursos dos planos e a incorporação de novas coberturas obrigatórias, seja medicamentos ou procedimentos médicos.



A FenaSaúde disse que são esperados ainda os impactos dos tratamento da chamada Covid longa. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as sequelas atingem de 10% a 20% dos que contraíram a doença, o que corresponde 6 milhões de pessoas no Brasil.


A coordenadora do Programa de Saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Carolina Navarrete, essas projeções do mercado não refletem os dados reais de utilização dos planos de saúde – a chamada sinistralidade, que é medida pela própria ANS.


Em junho de 2021, a ANS publicou um estudo que mostra que a sinistralidade do primeiro trimestre de 2021 foi inferior ao observado no mesmo período de 2019 – entre 75% e 77%. O índice aumentou no segundo trimestre e chegou a 82%.


Para Ana Carolina, ainda assim, os percentuais projetos não condizem com a realidade e entram em contradição com as informações divulgada pela própria ANS.


Segundo ela, a variação das amédicas aumentou, mas não atingiu patamares anteriores à pandemia. De acordo com a ANS o percentual máximo de reajuste tem como base a variação das despesas assistenciais dos dois anos anteriores à divulgação do índice.

É a própria ANS quem envia esses dados às operadoras dos planos de saúde.

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