O Partido Socialista Brasileiro do Distrito Federal (PSB-DF) divulgou, na tarde desta sexta-feira (4), uma nota explicativa sobre a Operação Dinheiro Sujo. A sigla esclarce no comunicado que os acontecimentos investigados não possuem ligação, nem foram cometidos, durante a gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) no governo da capital.
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A Operação Dinheiro Sujo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), tem na mira contratos firmados entre a Secretaria de Saúde do GDF e lavanderias durante a gestão de Agnelo Queiroz (PT-DF). Nesta manhã foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em outros quatro estados: Maranhão, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Os ex-secretários Rafael Barbosa e Elias Miziara estão entre os alvos do MP. Além das buscas, a ustiça também determinou o bloqueio de R$ 54 milhões dos envolvidos. Ao todo, 13 nomes constam na lista de investigados:
- Rafael Barbosa: ex-secretário da Saúde do DF;
- José de Moraes Falcão: ex-subsecretário de Administração Geral (Suag) da SES-DF;
- Elias Fernando Miziara: ex-secretário adjunto de Saúde e ex-secretário de Saúde do DF;
- Daniel Veras: ex-chefe da Gerência de Hotelaria da SES-DF;
- Silene Marques Furtado: chefe do Núcleo de Lavanderia;
- Francisco Chagas da Silva: ex-diretor administrativo da Coordenação Geral de Saúde de Santa Maria (HRSM);
- Suellen Silva de Amorim: ex-diretora da Diretoria de Análise, Prospecção e Aquisições (Dapa) da Suag da SES-DF;
- Túlio Roriz Fernandes: ex-subsecretário de Administração Geral da SES-DF;
- Hérica Ferreira dos Santos: gerente da Gerência de Análise, Prospecção e Aquisições da Suag da SES-DF;
- Guilherme Francisco Guimarães: ex-diretor da Dapa da Suag da SES-DF;
- Nabil Dahdah: dono da NJ Lavanderia;
- Ricardo Castellar: dono da Lavebrás;
- João Paulo Teo: dono da Acqua Premium.
Nota do PSB-DF
1. Os ilícitos encontrados pela Operação Dinheiro Sujo não dizem respeito ao governo Rollemberg. Todas as pessoas mencionadas na investigação eram parte da gestão anterior, e não continuaram nos cargos no novo governo.
2. No início do governo, serviços de lavanderia hospitalar eram prestados sem cobertura contratual e havia dificuldade na realização das licitações pois havia um entendimento do Ministério Público de que, por haver um único fornecedor desses serviços em Brasília, a licitação não atingiria bons resultados.
3. A gestão da saúde no governo Rollemberg prospectou novos fornecedores, realizou contratações emergenciais em 2016 e concluiu as licitações regulares em 2017 e 2018.
4. A partir daí passou a haver múltiplos prestadores, todos com contrato regular, e houve economia tanto no valor do quilo de roupa lavada quanto no método de pesagem da roupa, que passou a ser calculada com base na roupa limpa, o que trouxe benefícios para o erário.
5. No que tange às contratações de serviços de lavanderia hospitalar realizadas no governo Rollemberg, que nada têm a ver com as operações apontadas pela Operação Dinheiro Sujo, o Tribunal de Contas do DF já as analisou no Processo 14198/14 e inocentou a gestão, reconhecendo suas ações para resolver o problema.
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