O PSB-DF promove, ao longo do mês de agosto, uma série de entrevistas com futuros pré-candidatos e pré-candidatas das eleições de 2022 para divulgar o trabalho e a luta deste grupo comprometido com a cidade e com a população do DF.
Ela mesma se define como "paraibana arretada". Uma, entre muitas outras filhas do nordeste que fincou suas raízes em Brasília e aqui desenvolve seu ofício e seus outros dons. Professora Francis é tão professora, que nem vamos aqui chamá-la de outra forma, assim a assinatura fica bem registrada.
Uma mulher de poucas palavras, que prefere ir direto ao ponto ou "não gosta de encher linguiça". Porém, na hora de trabalhar, ela não economiza esforços. Além da educação, tem como causa a defesa dos direitos das mulheres e o enfrentamento à violência sofrida por muitas diariamente. Com a pandemia, passou também a ajudar famílias necessitadas.
Candidata em 2018 a deputada distrital pelo PSB, em 2022 ela estará novamente nas urnas buscando um espaço para desenvolver ainda mais projetos para a população do DF.
- Quais momentos de sua vida foram mais determinantes para que ingressasse em um partido político e em que momento decidiu ser candidata (o)?
Professora Francis: Na minha vida escolar sempre estive no Movimento Estudantil. Fui presidente de Grêmio Estudantil e na Universidade também estive na presidência do Centro Acadêmico do qual fiz parte.
Nunca pensei em me filiar a um partido. Isso só aconteceu em 2016 quando estava fazendo parte governo do PSB. Rodrigo Rollemberg foi meu maior influenciador e fui candidata a primeira vez em 2018. Decidi me candidatar porque as pessoas começaram a pedir por causa da minha luta pela educação.
- Hoje você diria que sua(s) principal(ais) pauta(s) é(são)?
Professora Francis: Continuo militando nas causas que acredito: Educação, direitos das mulheres e combate à violência dessas mulheres. Hoje, faço parte de uma rede que acolhe e ajuda mulheres vítimas de violência a sair desse ciclo. Além disso, com a pandemia, também tenho feito um trabalho social de socorrer famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar.
- Atualmente você é a presidente da Zonal 10 do PSB, que abrange Núcleo Bandeirante, Candangolândia, Metropolitana, Setor de Mansões Park Way, Vargem Bonita, CAUB I e II, Riacho Fundo I e II. Em sua opinião quais principais desafios que a sua região enfrenta?
Professora Francis: Na minha região as maiores demandas são: faltas de escolas e creches e pessoas em vulnerabilidade social. E em especial o Riacho Fundo II precisa de praticamente tudo(escolas, creches, delegacia, Batalhão de polícia), etc.
- O PSB tem atuado com destaque como grande opositor do governador Ibaneis, inclusive com ações judiciais contra o chefe do Executivo e o GDF. Por outro lado, o governador, se justifica afirmando que seu mandato foi interrompido pela pandemia e diz que "não deve nada". Em sua opinião, quais foram/são os principais erros de Ibaneis durante a gestão da pandemia?
Professora Francis: Acredito que Ibanes ainda tem uma oposição muito tímida pensando o número de legendas que existem. O PSB precisa intensificar e seguir protagonista nessa oposição e outros partidos também precisam se posicionar mais.
Esse governo está repleto de corrupção. Principalmente na saúde. Basta lembrar que toda cúpula da Secretaria foi presa.
- Além da Saúde, que outros problemas o partido identifica na gestão atual?
Professora Francis: Os CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) não conseguem atender as pessoas em vulnerabilidade social. Está um caos, pois, quem tem fome não pode esperar. O CRAS da minha cidade me liga para eu poder ajudar com as pessoas que necessitam.
- Qual sua avaliação do governo Bolsonaro até o momento?
Professora Francis: Nunca vi um presidente falar tantas bobagens quanto ele.
- O DF elegeu Bolsonaro com 70% de votos em 2018. Acha que essa tendência de voto na direita se mantém em 2022? Como atingir, estando em um partido de esquerda, esse eleitorado mais "conservador"?
Professora Francis: Estamos vivendo uma polarização PT e Bolsonaro. Precisamos procurar uma terceira via para 2022. Na minha opinião, eleitor conservador não vota em partido de esquerda pois eles têm medo até do nome "socialismo". As pessoas ainda tem medo também do nome "política". Não entendem o verdadeiro sentido da palavra. Então se afastam e até começam a odiar. E a maioria os políticos que temos não ajudam a mudar esse pensamento, pois fazem dos seus mandantos um antro de corrupção e interesses pessoais. Não pensam nas necessidades e interesses do povo. Servem a si mesmos.
- Qual mensagem você deixaria para conscientizar as pessoas da importância do voto consciente e da participação política?
Professora Francis: Precisamos incentivar as pessoas de bem participarem mais da política. E mudar essa situação atual.
Você pode acompanhar o trabalho desenvolvido pela Professora Francis por meio de suas redes sociais:
Instagram: @professorafrancis Facebook: /profrancys
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