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Socialistas questionam depoimento de ex-diretor geral da PRF durante a CPMI dos atos antidemocrático

s socialistas integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos questionaram o depoimento do ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques nesta terça-feira (20).

Vasques foi ouvido no colegiado para falar sobre os bloqueios nas estradas, realizados sob seu comando, durante o segundo turno das eleições de 2022, principalmente no Nordeste, região em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia recebido mais votos no primeiro turno. Suas declarações foram muitas vezes contraditórias.

O deputado Duarte Júnior (PSB-MA) reforçou que Vasques faltou com a verdade quando disse que as fiscalizações não foram maiores no Nordeste e que tudo correu como no primeiro turno. “Quero destacar os números que infelizmente foram suprimidos. No primeiro turno das eleições, foram 1378 fiscalizações, no segundo turno, foram 2842, mais do que o dobro. E o Nordeste representa 49% dessas operações. Qual era o medo? Qual era o receio?”, reforçou o deputado. “Venho do Maranhão e lá, diferente do que o senhor falou, tem provas e vídeos de pessoas que foram prejudicadas e proibidas do seu direito de votar”, acrescentou Duarte. O parlamentar destacou que o papel da CPMI é investigar e que o colegiado não aceitará mentiras.

A senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA) também destacou a quantidade de fiscalizações feitas pela PRF no transporte de eleitores, no dia 30 de outubro de 2022, especialmente em regiões onde as pesquisas eleitorais indicavam que o presidente Lula teria ampla vantagem de votos.

“Relatos de eleitores que foram impedidos de exercer seu direito de voto foram amplamente divulgados, levantando preocupações sobre a restrição dos direitos políticos e ameaçando a nossa democracia. Na época, o senhor estava encarregado desse órgão e coordenou essas operações. O que justifica a sua atuação naquele dia trinta de outubro, já que resta absolutamente comprovado que partiu do senhor a ordem para as operações direcionadas a municípios específicos do país?”, argumentou.


“O senhor, na condição de cidadão e servidor público, não se envergonha de ter participado de um conluio para atentar contra a democracia no Brasil? De quem partiu o comando para aquela ação ilegal: do ex-presidente Bolsonaro ou do ex-ministro Anderson Torres?”, questionou a parlamentar.

O Supremo Tribunal Federal (STF) havia proibido operações que afetassem o transporte de eleitores, gratuito naquele dia em várias cidades. Mesmo assim a PRF realizou centenas de bloqueios, com inspeção de vans e ônibus. As ações foram suspensas por ordem da Justiça Eleitoral.

Em novembro do ano passado, após denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Vasques se tornou réu por improbidade administrativa acusado de uso indevido do cargo que ocupava e de símbolos e imagens da PRF durante as eleições presidenciais. Apoiador declarado do ex-presidente Bolsonaro, Vasques chegou a publicar em seu Instagram, no sábado anterior ao segundo turno, uma imagem com a foto da bandeira do Brasil e escreveu: “Vote 22, Bolsonaro presidente”. A publicação foi apagada horas depois.


Duarte afirmou que o ex-diretor geral deixou clara a sua posição ideológica e política, mas não poderia usar do poder que tinha para impedir cidadãos de exercerem seu direito ao voto.

Direitos Humanos

Logo no início de sua fala, Vasques afirmou que, durante sua gestão, a PRF reconstruiu a defesa dos direitos humanos, mas o deputado Duarte (PSB-MA) fez questão de lembrá-lo que ele revogou o funcionamento e as competências das Comissões de Direitos Humanos da instituição.

Além disso, Duarte Júnior destacou que foi durante o comando do ex-diretor geral que aconteceu a morte de Genivaldo de Jesus Santos, vítima de uma ação da PRF na cidade de Umbaúba, no interior de Sergipe. O homem sofria de esquizofrenia e morreu, aos 38 anos, torturado e asfixiado dentro de uma viatura da instituição.

“Sublinho algo de extrema importância, não estamos interrogando a PRF, mas a gestão de Silvinei Vasques. Admiramos a instituição e a presença do depoente na CPMI é para diferenciar o joio do trigo. Separar os bons dos maus policiais. Separar aqueles que descumprem a lei, que agem de forma imoral e contrária à impessoalidade, cometendo atos de corrupção no exercício da função pública. E esses precisam ser investigados e condenados”, pontuou Duarte.

Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações da Liderança do PSB na Câmara








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