Presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que o Congresso Nacional precisa responder de forma “pluripartidária, responsável e urgente” aos ataques que vem ocorrendo em escolas do país.
Segundo a deputada, o colegiado vai lançar uma coordenação para se dedicar ao tema da violência no ambiente escolar. A decisão foi tomada após um homem invadir uma escola em Blumenau (SC) nesta quarta-feira (5) e matar quatro crianças, além de deixar outras quatro feridas.
A ideia é que o grupo, que reúne 312 deputados federais e 42 senadores, construa uma política nacional de saúde mental nas escolas, com propostas para o Legislativo e o Executivo, e sugira mecanismos de monitoramento de discursos de ódio na internet, como forma de evitar e previnir novos episódios de violência.
“O Parlamento precisa responder de forma pluripartidária, responsável e urgente. Estou acompanhando com muita angústia e com muita preocupação os ataques, as ameaças, tudo o que a gente está enfrentando na educação”, afirma Tabata. “Precisamos avançar novamente na questão da saúde mental, de protocolos de segurança que possam ser seguidos pelas escolas e de um monitoramento desse discurso de ódio em relação a elas, que está acontecendo nas redes sociais”, completa.
Segundo a deputada, secretários estaduais de educação, organizações, além de pais e mães têm procurado a Frente Parlamentar Mista da Educação para tratar do tema da escalada da violência nas instituições de ensino. “Espero poder trazer respostas muito rapidamente a partir dessa coordenação. Sei que as pessoas estão com medo, com razão, e que elas precisam dessa urgência, dessa responsabilidade e desse trabalho.”
Uma lei sancionada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) prevê a prestação obrigatória de atendimento psicológico e de assistência social em escolas públicas da rede básica de ensino. Essa legislação, no entanto, não tem sido cumprida, afirma Tabata.
“Tenho certeza que a sua implementação também é um passo fundamental. Tem um aspecto de segurança, desse aumento que a gente está vendo de grupos de ódio e de incentivo à violência nas redes sociais, mas tem também um aspecto de saúde mental. E a gente precisa dar uma resposta a ele.”
Com informações da Folha de S. Paulo
Foto: Bruno Spada/Agência Brasil